O vibrato no violino é mais que uma técnica de articulação. É praticamente uma assinatura sonora do timbre desse instrumento. No entanto, executá-lo corretamente exige do violinista tanto o apuro dos movimentos que geram o vibrato quanto o treino do ouvido.
Afinal, vibratos mal calculados podem soar desafinados e surtir efeito contrário ao desejado, deixando as suas notas irritantes. Também vale lembrar que o excesso do vibrato é considerado de mau gosto e pode ser cansativo para o ouvinte, o que torna importante evitar os extremos.
Continue a leitura e compreenda o que é o vibrato no violino — diga-se de passagem, isso pode ajudar quem toca outros instrumentos da família das cordas, também —, quais são os tipos de vibrato e como praticá-los.
O que é o vibrato no violino
A palavra “vibrato”, como a maior parte dos termos da teoria musical, vem do italiano, e quer dizer “vibrado”. Ou seja, ele é produzido vibrando os dedos da mão esquerda (aquela que aperta as cordas do violino) para obter um som mais expressivo e vibrante.
Trata-se de um recurso para interpretar melhor as melodias, conferindo suavidade e oscilação ao seu timbre.
Os três tipos de vibrato no violino
Há diferentes técnicas utilizadas para reproduzir o som do vibrato. Em todas elas, a ideia é que o dedo que aperta a corda se mova um pouco para trás de onde estava originalmente. Em cada tipo de vibrato, no entanto, esse movimento do dedo se origina em uma parte diferente do corpo do violinista.
Vibrato de dedo
Nesse tipo de vibrato, a única coisa a se mexer é o dedo. A falange que toca a corda é impulsionada pelas outras duas falanges do mesmo dedo, gerando a vibração.
Vibrato de pulso
O vibrato de pulso, também conhecido como vibrato de punho, tem origem na parte do braço em que acontece a junção da mão com o antebraço. Ou seja, o punho se move paralelamente ao braço no sentido das cravelhas do violino, fazendo com que a falange também incline levemente sobre as cordas.
Vibrato de antebraço
Por sua vez, o vibrato de antebraço é realizado partindo da junção entre o antebraço e o braço (no cotovelo). Esse tipo de movimento é mais confiável, mas também mais cansativo, não sendo recomendado quando a peça tem muitas notas com vibrato.
Os melhores exercícios para praticar
O treino do vibrato exige paciência. Por alguns minutos, todos os dias, escolha uma nota no braço do instrumento e, apertando-a, deslize o arco do violino enquanto inclina a falange e volta à posição inicial.
Fazendo isso, experimente deixar o movimento partir do dedo, punho e antebraço, percebendo as diferenças que as três técnicas produzem no som e qual parece mais confortável a você.
Se praticar com calma e disciplina, em pouco tempo vai perceber como o vibrato no violino vai se tornando algo natural na sua maneira de tocar. Lembre-se: assim como acontece com outros estudos musicais, essa técnica leva algum tempo para ser dominada.
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